Visão do Recreio dos Bandeirantes

Travessia Rio da Prata – Pau da Fome (5º dia da Transcarioca)

Nível de Dificuldade: Moderado.

Essa é uma bela travessia de 13 Km. que interliga duas extremidades do Parque da Pedra Branca: a sub sede do Rio da Prata e a do Pau da Fome numa caminhada muito longa e extenuante, mas que não apresenta nenhum trecho muito fechado pela mata ou muito técnico.  A subida no sentido Rio da Prata – Pau da Fome se dá de forma bem gradual e suave.

 

 

Atrações.

Esta travessia começa na bela zona rural de Campo Grande, mas o ponto alto do passeio fica por conta do magnífico mirante do Alto do Mangalarga, que fica no ponto mais alto desta caminhada.

 

 

Como chegar.

Dirija-se até o Terminal Rodoviário de Campo Grande e procure pela linha 846 (Campo Grande – Rio da Prata) e salte próximo ao ponto final na Estrada do Cabuçu, logo após o pólo gastronômico do Rio da Prata e próximo à uma igrejinha.

 

Suba toda a Estrada do Batalha a pé até o seu final onde está localizada uma guarita verde, que indica o início do Parque da Pedra Branca e da Trilha Transcarioca.

Guarita

 

Subindo pela zona rural de Campo Grande.

Nosso passeio começa pela estrada de terra que sobe à direita desta guarita.  É uma estrada bem aberta por onde transitam de vez em quando mulas e cavalos transportando a produção agrícola até a cidade.

 

Percorrer esta região, até certo ponto nos trás de volta no tempo.

Você irá passar por algumas casas, fazer uma grande curva para a direita, outra igualmente acentuada para a esquerda, passar ao lado de algumas torres de energia e chegar à uma grande bifurcação.

 

O lado direito nos conduz de volta ao 4º trecho da Transcarioca e o lado esquerdo onde se pode visualizar uma pegada amarela sobre o fundo preto, indica o início do 5º trecho que ruma em direção ao Pau-da-Fome.

 

A estrada de terra sobe bem suavemente e em alguns momentos chega até a descer por um trecho bem descampado, onde podemos apreciar a visão da Pedra dos Carvalhos à nossa frente.

Pedra dos Carvalhos

Quatrocentos metros após a bifurcação, encontramos outra, onde devemos seguir pela esquerda na direção de umas casas.     Você irá passar pela porta de um sítio e 400 metros depois na frente de outro.

 

A partir deste trecho, a estrada vai lentamente entrando no território onde a mata atlântica se faz cada vez mais presente e o campo vai se estreitando.  Esta mudança é logo sentida no terreno, onde a estrada se transforma numa trilha mais estreita e acidentada com grandes sulcos deixados pelas pisadas dos cavalos e mulas que passam por ali.

5º trecho da Transcarioca

O lema agora é sempre seguir a estrada principal e evitar as muitas entradas secundárias que partem à esquerda e á direita rumo às propriedades da região.  Temos cercas e portões indicando isto.

 

Temos três bifurcações em sequência que talvez tragam um pouco de confusão. Na primeira optamos pela direita e nas duas em seguida, as opções da esquerda são as corretas.

 

Se após passar por estas três encruzilhadas, você chegar numa cachoeira, é porque sempre fez a escolha certa!

 

Esta é a cachoeira do Engenho, ideal para uma parada para o descanso, mas onde não posso garantir a qualidade da água para o reabastecimento, já que muitos sítios circundam a cachoeira.

Cachoeira do Engenho

Depois de subir mais 100 metros chegamos à um ponto muito crítico desta travessia.  A estrada se divide em duas de igual largura e que certamente irão gerar dúvida.

 

O excursionista pode optar pela estrada da esquerda se quiser cortar um bom caminho e sair num ponto bem avançado desta travessia, mas pagando o preço de não passar por alguns mirantes bem interessantes.

 

Na próxima postagem, vou descrever em detalhes esse grande atalho, já que no 6º dia da Transcarioca utilizei esta estrada para cortar caminho até o Pico da Pedra Branca.

 

A opção da direita que segui neste dia, dá mais voltas, mas em compensação passa por belos mirantes, além de encontrar o eixo principal da Transcarioca no exato ponto onde paramos no 4º trecho.  Veja o tracklog e o mapa para entender.

Trocando em miúdos, as duas opções irão sair no mesmo lugar, mas a  da direita é mais completa.

 

Atravessamos um rio e a subida começa a ficar mais sinuosa e acentuada.  Passamos em meio à algumas propriedades e suas plantações.

 

No final deste trecho em que estamos prestes a encontrar o eixo principal da Transcarioca, nos deparamos com várias trilhas que partem à esquerda.  Não há problema algum em subir por elas. Todas vão dar no eixo principal da trilha com a única diferença que estas opções irão encurtar o caminho.  É um trecho um pouco confuso com muitas bifurcações, mas todos as variantes aqui vão sair mais ou menos no mesmo lugar.   Só deve se evitar a opção mais à direita que surge numa trifurcação e que conduzirá de volta ao braço de saída do trecho anterior.

 

Subindo em direção ao Mangalarga

Enfim, se você resistir ao máximo à tentação de encurtar o caminho vai sair naquela mesma estrada bem aberta do final do 4 º trecho, próximo à um mirante do qual podemos apreciar toda a visão da região do Recreio dos Bandeirantes e de Vargem Grande.

Visão do Recreio dos Bandeirantes

Continue subindo esta estrada seguindo as pegadas amarelas sob o fundo preto.   Repare que há uma fiação elétrica acompanhando-a e que traz energia para os diversos sítios que a margeiam.

 

Volta e meia você irá se deparar à sua esquerda com aquelas estradas e trilhas  vindo  de encontro à este via principal. Ignore todas elas e continue subindo.

 

Em breve chegaremos ao alto do morro do Capim Melado. Nele a estrada se divide em dois ramais , que rapidamente voltam a se encontrar.

 

Travessia Rio da Prata - Pau da Fome

Temos 500 metros de descida suave até encontrar outra bifurcação. Mais uma vez siga à sua direita.

 

Se lembra daquela estrada lá embaixo que também poderia ser utilizada para encurtar o caminho? Pois é, no final da descida do Morro do Capim Melado, você volta a se encontrar com ela que desce à  esquerda.  A tendência natural seria descer por ela, mas a transcarioca segue agora por uma trilha mais estreita que segue em frente.

 

Passado este ponto logo chegamos num mirante do qual podemos vislumbrar toda a região de Campo Grande.

Vista de Campo Grande

Logo após passamos por um sítio. Não entre nele e siga o caminho à sua esquerda.

 

A trilha sobe de forma mais acentuada por cerca de 400 metros até chegar num riacho, onde dá uma grande guinada à direita até chegar em outro mirante.  Daí podemos apreciar todas as serras da região de Campo Grande.

Maciço da Pedra Branca

Sobe-se mais 400 metros por um caminho sinuoso até chegarmos à uma pequena gruta.

 

A partir daí o excursionista deve redobrar a sua atenção. Duzentos metros adiante desta gruta temos a entrada do Alto do Mangalarga, que é a grande atração deste dia.  Muito cuidado, pois no dia em que fui não havia nenhuma indicação do início desta trilha.  Havia apenas uma fita de plástico amarrado à um galho na entrada da trilha que parte lateralmente às ruínas de uma casa.

 

Se você passou batido e chegou em frente às ruínas desta casa, retorne e procure pela trilha que parte imediatamente antes deste local.

ruínas de casa abandonada
A trilha do Mangalarga segue lateralmente à estas ruínas.

Este pequeno ramal segue em meio à uma vegetação mais cerrada até chegar ao Alto do Mangalarga, que possui um mirante espetacular com visão de boa parte do Parque da Pedra Branca e da zona oeste do Rio.  De lá temos pela primeira vez toda a visão da Transcarioca percorrida até aqui com a sua sequência interminável de morros.

 

Sequencia de morros da Transcarioca

 

No horizonte podemos até vislumbrar o Maciço da Tijuca que surge imponente por detrás da serra.

Maciço da Tijuca

O que chama a atenção neste morro é a sua vegetação rasteira, pontuada aqui e ali por alguns pinheiros, que destoam completamente da floresta ao redor.

 

Voltando por este pequeno ramal, continuamos a nossa longa jornada pela travessia.

 

Passada as ruínas da casa, vamos agora caminhar por longos 900 metros em terreno mais ou menos plano até chegar à um rio onde pode ser feito o reabastecimento dos cantis e uma boa parada.

 

Se não quiser parar, não tem problema, pois 300 metros adiante vamos cruzar outro rio.

A trilha faz agora uma grande curva para a direita e algum tempo depois outra grande curva só que desta vez para esquerda.

 

Pronto! Em breve chegaremos ao encontro com a trilha do Pico da Pedra Branca!  Chegando à este cruzamento, você tem duas opções: descer rumo à Casa Amarela e ao Pau da Fome à direita ou se ainda tiver fôlego encarar a extenuante subida do Pico.    Muito cuidado ao tomar esta decisão, já que esta subida vai lhe tomar pelo menos mais duas horas para ir e voltar até este mesmo ponto.

 

 

Dependendo da época do ano em que for feita esta travessia, as chances da noite te surpreender pelo caminho são enormes.  Além disso, só esta travessia sem o bate e volta ao pico já é muito longa com seus extenuantes 13 Km.

 

Se você está percorrendo a Transcarioca de forma descontínua, sugiro que faça como eu, e deixe para conquistar o ponto culminante do município  no 6º dia da aventura por uma trilha expressa que começa lá em Campo Grande.

 

Descendo para o Pau da Fome

Continuando a travessia, vamos agora descer bastante por 700 metros numa trilha bem aberta que vez ou outra apresenta um calçamento em pé de moleque bem desgastado.

 

Depois de muitas curvas enfim chegamos à famosa Casa Amarela, que é um ponto de referência para os excursionistas do Parque da Pedra Branca, origem de muitas trilhas.

 

Para o Pau-da-Fome, continue descendo pela trilha mais aberta que segue mais à esquerda.

 

Esta trilha é muito bem conservada e sinalizada e desce vertiginosamente num eterno zigue-zague até cruzar o Rio Grande 1,4 Km adiante.

 

Cruzamos outro rio em seguida, a trilha começa a subir suavemente numa área de vegetação bem densa e volta a descer à princípio de forma gradual até cair novamente num zigue-zague.  São 1,1 km. de trilha sem bifurcações até encontramos o início do 7º trecho da Transcarioca que ruma em direção ao Piraquara à esquerda.  Ignore e continue descendo até cruzar o Rio Grande novamente e seguindo sempre a sinalização chegar à sub sede do Pau da Fome, concluindo desta forma a longa travessia.

 

Chegando ao Pau da Fome

Do final da trilha até a entrada do Parque são mais 200 metros de caminhada.

 

No final da Estrada do Pau da Fome, você pode encontrar diversas vans e uma linha de ônibus que realiza o transporte até o centro da Taquara.

 

Tracklog deste trajeto

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Download do Mapa 

 

 

 

 

3 thoughts to “Travessia Rio da Prata – Pau da Fome (5º dia da Transcarioca)”

  1. Amei
    Suas informações ajudam mt aos curiosos 😄, como eu
    É mt complicado andar na transcarioca
    Temos feito alguns trechos pelo Rio da Prata, mas já temos três tentativas pra encontrar a trilha pra Caixa d’água e não conseguimos
    Por suas fotos e informações é q sei agora q já fiz o trecho 4 é um pouco do 5,tbm
    Agora, por ex, sei q a pedra q achamos tão linda ao avistar e tirar foto com ela ao fundo, se chama Pedra dos Carvalhos
    Mt obgd msm
    Se puder continuar postando as orientações, agradeço mt
    Um abraço
    Sussesso

  2. Olá, Márcia Regina!

    É muito gratificante saber que essas informações estão sendo úteis para as pessoas que querem conhecer mais do nosso Rio selvagem. Um dia também fui um curioso insaciável, mas não tinha essa facilidade de informações que temos hoje para descobrir novos locais. O jeito era sair explorando mesmo…
    Em relação ao circuito da caixa d’água, já ouvi falar dele, mas não sei onde fica.
    Comentários como o seu me motivam ainda mais a continuar com este projeto. Continue acompanhando porque as próximas postagens serão sobre a parte da Floresta da Tijuca.

    Outro abraço!
    Obrigado!

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