Nível de Dificuldade: Moderado
Essa travessia não exige muito esforço físico, podendo ser feita em mais ou menos 4 horas, mas apresenta alguns pontos críticos em relação à orientação.
Atrações
As grandes atrações da travessia Vargem Grande – Rio da Prata são os mirantes da Bela Vista e do Capelinha, e o passeio pela zona rural de Campo Grande.
Como chegar
Existem várias linhas de ônibus que passam pela Estrada dos Bandeirantes: São elas: 810, que parte do centro da Taquara, 613 do Nova América Shopping, 817A e 827 A do Terminal Recreio e Integrada 554 do Rio Sul.
Pegando qualquer uma delas, salte na Estrada dos Bandeirantes, à altura do número 25636. Existem duas alternativas válidas para se chegar ao início desta trilha.
Devo confessar que quando gravei este tracklog, eu mesmo errei o caminho e ao contrário da minha intenção inicial, comecei a fazer a gravação definitiva quando já estava longe da Estrada dos Bandeirantes.
Mas vou tentar explicar da melhor maneira como fazer para acessar o começo deste trecho.
Vamos iniciar pelo caminho que optei e que é o recomendado pelo mapa da Transcarioca, mas que é mais indireto.
Você deve saltar no ponto indicado e entrar na Caminho da Cachoeira e virar no Caminho do Morgado à esquerda.
Siga caminhando até uma guarita onde há uma série de placas indicativas. Entre aí na Estrada da Toca Grande. Siga subindo até que diante de uma curva bem acentuada, irá surgir uma trilha à direita. Esta logo atravessa o Rio da Toca e sai no Caminho do Cambugui, que é mais aberto. Você deve seguir à direita até chegar à uma casa muito grande. Em frente à esta se inicia a subida para o 4 º trecho.
Um pouco complicado, não é mesmo?
Mas depois, consultando outros mapas, vi que tem um caminho mais direto até este ponto. Basta seguir o Caminho da Cachoeira até o final e virar à esquerda no Caminho do Cambugui, que também irá sair no mesmo local.
Foi a outra alternativa mais complicada que segui de fato, mas deixo esta outra opção para que possa escolher ao seu critério.
Subindo o Vale do Rio Cachoeira
Essa trilha que sobe é a mesma utilizada como braço de saída do 3º trecho, mas não conta com sinalização alguma.
O importante é sempre seguir o caminho principal e evitar as entradas para os sítios da região.
No meio do caminho você irá passar pela pedra rachada, que tem um enigmático candelabro desenhado. Logo depois você irá se deparar com uma bifurcação e optar pela direita. Em breve me deparei novamente com a simpática mula que estava amarrada à mesma árvore onde a encontrei na volta do último trecho.
Depois de um rápido “cumprimento”, segui o caminho em frente e cheguei ao bananal onde a orientação começa a complicar.
A princípio deve se seguir pelo caminho mais óbvio à esquerda e atravessar o Rio Cachoeira. A partir daí a trilha começa a ficar menos definida. É importante agora ter em mente que deve se seguir o caminho principal e rumar de novo em direção ao rio, que agora estará à sua direita.
Em breve, chegaremos ao início do 4º trecho propriamente dito da Transcarioca.
Início da 4 º trecho propriamente dito.
Logo no início do trecho há um excelente ponto de descanso da longa subida. Depois de recarregar as minhas energias atravessei o rio Cachoeira e segui subindo a trilha. Logo no início surgem duas bifurcações em que se deve ficar atento: Na primeira tem que virar à esquerda e na segunda deve se optar pela opção do meio.
A trilha começa agora a descer vertiginosamente por 500 metros, pois está realizando o contorno do Morro do Cambugui. Ao final deste trecho há outro cruzamento e deve se optar pela esquerda, fazendo uma curva acentuada.
Chega-se então ao Rio Cambugui que deve ser transposto. Na próxima bifurcação que surge logo adiante deve se entrar na trilha da direita.
Em pouco tempo a trilha sai numa estrada de terra bem aberta por onde transitam de vez em quando praticantes de motocross. Suba à esquerda rumo à direção do Rio da Prata.
Logo no início desta estrada sou surpreendido por uma visão de uma casebre onde os sitiantes locais guardam utensílios e ferramentas.
Trezentos metros adiante deste casebre, a trilha se afasta momentaneamente da estrada principal para reencontrá-la mais adiante. Logo depois deste reencontro, surge um mirante à direita da trilha, onde podemos contemplar a beleza selvagem à perder de vista das serras da região.
Subindo cerca de 300 metros, a trilha volta a se afastar em definitivo desta estrada ao dar uma guinada para a direita. Para quem quiser existe a possibilidade de seguir um pouco adiante na estrada e voltar só para apreciar a primeira visão de Campo Grande do dia.
Rumo ao Bela Vista e Alto da Capelinha.
A trilha agora se embrenha no mato mais fechada, buscando as elevações do Bela Vista e da Capelinha.
Ela segue mais ou menos na mesma altitude, faz uma grande curva para a esquerda e outra em seguida para a direita e adentra no território traiçoeiro do capinzal.
Caminha-se por 600 metros pelo alto do morro tendo as vantagens da visão desimpedida de Campo Grande, mas ao mesmo tempo tendo o contratempo de ter que procurar o caminho certo no meio do matagal. É preciso ter a atenção redobrada aqui, e dependendo das condições do capinzal, o excursionista pode ter aqui alguns probleminhas para achar o caminho certo.
Mesmo caminhando numa trilha tão fechada existe um momento em que a sinalização da Transcarioca indica que deve se mergulhar no capinzal mais fechado ainda à esquerda para tomarmos o caminho do Mirante.
Chegamos ao Alto da Bela Vista (645 mts.) e precisamos descer um pouco para chegar ao seu mirante.
Neste ponto existem algumas estacas um pouco afastadas umas das outras que vão balizando o caminho certo. Deve-se ficar atento também à marcação zebrada em amarelo e preto nos troncos das árvores.
Mas não há erro! O mirante da Bela Vista está logo ali adiante no final da descida. Subo na pedra e tenho a magnífica visão que faz jus ao nome: De uma lado as praias do Recreio e Barra da Tijuca e do outro a vasta região de Campo Grande!
Do alto deste morro até o próximo que é o alto da Capelinha são mais alguns metros de um curto trecho de descida e subida.
No alto da Capelinha (628 mts.) existe uma rocha que não insisti muito em subir. O morro deve o seu nome à uma miniatura de capela que os sitiantes devotos da localidade instalaram por ali, mas que reconheço, passei completamente batido por ela.
Depois pretendo retornar à este local para encontrar tal capela.
Agora a trilha desce vertiginosamente e contorna a vertente da serra até chegar à uma bifurcação 500 metros adiante. Continue descendo pela direita.
O caminho atravessa mais uma vez uma área de capinzal de difícil orientação até sair numa larga estrada de terra.
Pronto! Os momentos difíceis de mata fechada terminaram e esta estrada irá lhe acompanhar até o final do trecho no Rio da Prata.
Suba a estrada à esquerda e logo depois chegará ao início do 5 º trecho da Transcarioca, que sobe à direita do próximo cruzamento. O excursionista agora tem a opção de emendar com a caminhada do 5º trecho, sabendo que terá um longo trajeto pela frente até sair no Pau da Fome, ou de descer à esquerda até o bairro Rio da Prata.
Foi esta última decisão que tomei.
Em busca do Rio da Prata
A partir deste momento a caminhada cruza uma extensa zona rural repleta de plantações de caquis e outras frutas, passando de vez em quando por belos mirantes voltados para Campo Grande.
A estrada desce bastante num curto zigue-zague até encontrar outra estrada que sobe. Continue descendo à esquerda sempre. Tenha o cuidado para não entrar nas propriedades que margeiam a estrada. Seguindo sempre o caminho principal, se chega na Estrada das Taxas, devendo se optar pela descida à direita.
A partir daí são mais 500 metros de descida até chegar à um campo de futebol que tem uma trifurcação.
Deve-se optar pelo caminho que sobe à direita. Temos mais 800 mts. de caminho que à princípio sobe suavemente e depois segue plano, cruzando pequenos sítios, caquizais e torres de energia. Se visitar esta região na época certa, um verdadeiro mar de caquizeiros estará tingindo a bucólica paisagem de laranja.
Volta e meia nos deparamos com sitiantes conduzindo a sua produção no lombo de mulas e cavalos na direção da cidade.
Ao final deste trecho encontramos outra estrada, que sobe à direita e nos conduzirá para a próxima aventura da Travessia Rio da Prata – Pau-da-Fome.
Para sair na cidade, continue descendo à esquerda. Estamos quase chegando! A partir desta bifurcação até a saída na Estrada do Batalha são mais 400 metros de descida em zigue-zaque até chegar numa guarita verde, que indica a saída do parque!
Desça a Estrada do Batalha até o primeiro ponto de ônibus, que o conduzirá até a Rodoviária de Campo Grande!
Faça o Download do Tracklog deste trecho clicando no link abaixo:
Para imprimir o mapa para uso off line, faça o download pelo link abaixo:
Mapa do 4º trecho da Trasncarioca
