Atrações
Indiscutivelmente as grandes atrações do dia são as pedra do Osso com seu equilíbrio instigante e a pedra “Jesus Vem” com a inscrição que dá o seu nome. Outra grande atração é o Mirante dos Teixeiras com uma visão bem abrangente de Realengo de um lado e da Taquara do outro.
Nível de Dificuldade: Moderado
É uma caminhada relativamente leve. Ao contrário de trechos anteriores, o ganho de altitude é pequeno. O ponto mais alto da travessia está a 517 metros de altitude. Os grandes desafios deste trecho são a quase total ausência de sombras e uma sinalização um pouco confusa depois do ramal que leva até as pedras do Osso e Jesus Vem.
O capim colonião se prolifera rapidamente nesta região e em muitas partes mascara completamente a trilha. É preciso ter atenção redobrada à sinalização.
Justamente por ser uma área de capinzal, é fortemente recomendável que neste dia o caminhante use uma calça comprida, para evitar os arranhões da mataria e passe muito filtro solar.
Como chegar.
A trilha começa na subsede de Piraquara, localizada no final da rua do Governo em Realengo. A melhor opção para se chegar lá é pegar um trem até a estação de Realengo e procurar a Avenida Santa Cruz. Lá tem várias opções de linhas de ônibus que te deixam na Rua do Governo, tais como 0 391, 741, 742 e o 751. Outras linhas como o 801 que vem da Taquara e o 794 que vem de Madureira também passam por esta rua.
Nenhum deles vai até o final da rua. Então é importante ficar atento e saltar assim que o ônibus sai desta rua.
Caminhe até o final e logo você estará no núcleo Piraquara do Parque Estadual da Pedra Branca.
Do portão até a subsede do parque, que é o ponto de partida deste trecho, são mais 500 metros de caminhada por uma estrada de paralelepídos.
A subsede de Piraquara e o Aqueduto do Barata
A subsede do Piraquara tem uma ótima infraestrutura com parquinho para as crianças se divertirem, piscina natural, estacionamento, banheiros e o apoio da polícia ambiental que tem uma base de apoio no local.
Por trás do edifício da subsede se inicia o grande aqueduto do Barata, que foi construído na década de 60 pelo governador Carlos Lacerda para o abastecimento da Zona Sul e Barra.
Para acessarmos a trilha temos que percorrê-lo até o final. Esta construção do homem cortando a floresta não deixa de ser uma visão bem inusitada.
Do alto do aqueduto podemos avistar nosso principais objetivos do dia, que são a Pedra do Osso e a Jesus Vem, que ficam praticamente uma do lado da outra.
Ao final do aqueduto, temos que tomar a trilha que desce à direita e que logo começa a subir em meio à mata.
Logo na primeira curva temos mais uma visão inusitada do aqueduto cortando a floresta ao meio.
As populares Pedra do Osso e Pedra “Jesus Vem”
Logo de início fica evidente que depois de caminhar durante tantos dias praticamente sozinho em áreas pouco conhecidas do Parque da Pedra Branca, volto a andar numa trilha muito bem frequentada.
A última vez que isso tinha ocorrido foi quando deixei a distante praia do Meio na Barra de Guaratiba. As trilhas do Açude do Camorim e da Pedra do Quilombo são uma exceção, mas quando as visitei, a serra estava envolta em uma forte neblina, que certamente influiu nos raros encontros com caminhantes naquele dia.
No mais, nas poucas vezes em que cruzei com seres humanos nos demais trechos, a maioria deles eram sitiantes locais, tropeiros ou praticantes de motocross; o que demonstra que a Transcarioca ainda tem um longo trabalho pela frente no seu objetivo de popularizar as trilhas do Parque da Pedra Branca.
Boa parte do grande fluxo de trilheiros neste trecho se deve ao formato curioso da Pedra do Osso, que desafia a gravidade, e com isso atrai praticantes de rapel ou simplesmente pessoas que querem tirar uma foto criativa ao seu lado para depois postarem nas redes sociais.
Veja alguns exemplos dessas fotos:
Outro fator que atrai muitos trilheiros é a facilidade do acesso, já que o ramal que conduz até as pedras do Osso e Jesus Vem começa logo após uma curta caminhada de 800 metros pela trilha que se inicia após o aqueduto, percorre a mata atlântica no seu início para depois subir por uma área descoberta com forte presença do capim colonião e árvores baixas.
O Sol pode ser inclemente e este tipo de vegetação vai nos acompanhar durante todo o restante do passeio.
A entrada para a Pedra do Osso é acompanhada por uma plaquinha e está localizada ao lado de um sítio. Tome o cuidado para não entrar nele e continue subindo à direita entre o capim.
Você vai passar por muitas pedras pelo caminho, sendo que é possível galgar muitas delas para se ter uma visão mais abrangente dos arredores.
A subida é cheia de curvas e bem acentuada. Com cerca de 300 metros após o sítio a trilha cruza um caixa d’água. Continue seguindo em frente.
Cem metros adiante se chega numa bifurcação onde deve se tomar o caminho da esquerda. Neste trecho fica muito difícil de se perder, pois a todo o tempo temos a visão de nossos objetivos.
Enfim mais 100 metros de subida e chegamos numa última bifurcação onde tomamos curta subida em meio ao capinzal à direita para alcançarmos o platô da impressionante Pedra do Osso.
De lá temos a visão de toda a Realengo e arredores. Destaque para o aqueduto, onde iniciei a caminhada, e que deste ponto de vista fica pequenininho.
Depois de uma pausa para recuperar as energias, volto pelo curto ramal e viro à direita, para visitar a Pedra Jesus Vem, que não fica muito distante dali. É só continuar a subir a trilha principal, que logo chegamos à um platô, de onde se tem uma vista privilegiada do imponente megalito.
Basta continuar a subida mais um pouquinho, que chegamos à base da Jesus Vem. Podemos ver a grandiosa inscrição que a batiza, mas para atingir o seu cume, temos que vencer um curto trecho de escalaminhada. Um cabo de aço instalado permite fazer esta transposição.
Por ser o ponto mais alto do trecho, a Jesus Vem tem um panorama mais abrangente ainda. De lá podemos ver a baixada de Jacarepaguá e o Maciço da Tijuca.
Voltamos todo este longo ramal que nos conduz às duas pedras e continuamos a nossa caminhada pelo trecho 8, que é retomado após aquela plaquinha indicativa da Pedra do Osso.
Rumo ao Mirante dos Teixeiras
Pouco após a retomada da trilha principal nos deparamos com uma bifurcação. Temos que seguir pela esquerda, pois a trilha da direita retorna ao sítio.
Cem metros adiante devemos tomar o caminho da direita e alguns metros adiante quando passamos à porta de um gracioso sítio, o caminho dá uma grande guinada à esquerda.
Cem metros adiante nos deparamos com uma cerca que deve ser transposta. Começa aí a parte do trecho mais confusa, já que voltamos para a área aberta e o matagal alto toma boa parte da trilha. É preciso ficar com a atenção redobrada na sinalização da Transcarioca.
Neste trecho a trilha segue mais ou menos na mesma altitude, não se devendo tomar nenhum caminho que desça ou suba. Muitos afloramentos rochosos despontam nesta parte, e podemos subir em alguns deles para apreciar melhor a vista ao redor.
Olhando para trás podemos ver que o conjunto das pedras ficou bem para trás.
Quando adentramos novamente a mata atlântica, nos deparamos mais uma vez com uma bifurcação e dessa vez optamos pela direita.
A trilha faz uma grande curva para a esquerda e passa por outra bifurcação onde deve-se optar pela direita mais uma vez.
Pronto! Cerca de mais duzentos metros de caminhada e finalmente sairemos numa estrada de terra bem aberta!
Suba toda ela por mais 400 metros e você chegará no surpreendente Mirante dos Teixeiras que tem um visual bem legal para a zona rural de Jacarepaguá e para o Maciço da Tijuca.
Ainda dá para prosseguir a subida até o alto do morro dos Teixeiras onde é possível que haja outro belo panorama, mas resolvi voltar pela mesma estrada e retomar a caminhada pelo trecho.
A Pedra Rachada
Com 700 metros de descida passamos por debaixo de torres de alta tensão que a partir de agora se farão cada vez mais presentes na paisagem deste trecho e do próximo.
Ao lado de uma delas surge uma trilha que se desmembra da estrada de terra que segue descendo pela esquerda.
Devemos seguir pela trilha à direita para passarmos entre as formações da pedra rachada.
Essas formações surgem com 200 metros de descida. Tem que se passar no meio delas numa passagem bem estreita. Quando saímos e olhamos para trás, admiramos o “perigo” que pairou sobre nossas cabeças: Uma pedra prensada entre dois paredões num equilíbrio precário, mas que pelo visto se mantém lá há alguns milhões de anos.
Ao sair da passagem retomamos a descida e com mais 100 metros chegamos à uma trifurcação. A opção da direita que segue pela estrada aberta também sai na Estrada dos Teixeiras, mas a sinalização da Transcarioca nos sugere descer pela esquerda pela trilha mais fechada e que segue ziguezagueando pelo capinzal.
São cerca de 600 metros de um ziguezague numa descida vertiginosa até sairmos numa estradinha de terra. Siga pela direita e logo você sairá na Estrada do Barata: uma estradinha asfaltada que vai cruzando uma simpática zona rural, não lembrando em nada que estamos em pleno Rio de Janeiro à poucos metros da Metrópole.
Jumentos, burros, bezerros e galinhas com seus pintinhos são transeuntes frequentes nesta estradinha.
Após 400 metros esta estradinha desemboca na Estrada dos Teixeiras, que um pouco mais movimentada, mas que se mantém num ambiente rural.
Com mais 800 metros de caminhada por esta estrada podemos dizer que chegamos ao fim do 8º trecho da Transcarioca, pois avistamos a placa indicativa da trilha dá início ao próximo trecho( O último do Parque da Pedra Branca!)
São mais alguns metros de caminhada até sairmos numa comunidade onde há várias opções de vans e ônibus que fazem o transporte até a Taquara.
Download do Mapa da Trilha
Download do Track para se orientar com seu celular.
