Atrações
Surpresa! O relato da trilha Transcarioca não terminou! Como a travessia Tupinambá e a Rota Darwin em Niterói foram inspiradas na TT e junto com ela acabaram por integrar a Rede Brasileira de Trilhas Sinalizadas, decidi incluir a descrição de alguns desses trechos aqui no blog como se fossem artigos bônus.
A primeira trilha que irei descrever nessa nova fase será a do morro do Santo Inácio em Niterói.
O morro do Santo Inácio tem uma das visões mais deslumbrantes de todo o Grande Rio, justificando ainda mais aquele velho ditado famoso que diz que “uma das melhores coisas de Niterói é a vista para o Rio”
Mas não é só o visual voltado para o Rio que se destaca no mirante do Santo Inácio. O morro também conta com um belo panorama voltado para a Região Oceânica do Rio.
Como chegar ao Morro Santo Inácio
Para quem for de ônibus a solução é pegar qualquer ônibus que for para Charitas e saltar na praia de São Francisco próximo a esquina com a Avenida Rui Barbosa.
Entre na avenida e vire na primeira rua à direita. Ao final desse rua vai começar a íngreme estradinha Nossa Senhora de Lourdes.
Quem for de carro pode seguir os passos anteriores e estacionar o carro num estacionamento próximo à entrada do Parque da Cidade.
Na entrada do parque há um cruzamento de estradas. A que leva a trilha do Santo Inácio é que vira à esquerda na direção contrária a do parque, mas vou ficar devendo a informação se é permitida a entrada de carros nessa estrada.
Subi tudo a pé e me lembro apenas que era bem acidentada e erodida, cruzando com apenas duas motos que subiam de Pendotiba.
Trilha dos Blocos
Para quem subir a pé pela estrada Nossa Senhora de Lourdes, há ainda uma opção de no meio da estrada subir por um caminho mais agradável em meio à mata.
Trata-se da trilha dos blocos, sem maiores atrações mas que é um caminho mais aprazível do que a subida pela estrada.
Essa trilha vai sair próximo ao cruzamento das estradas e à entrada do Parque da Cidade.
Mirante do Platô
Aqui não estou dando apenas o mapa da mina, mas destacando também a rota para outros tesouros menores no caminho para o Santo Inácio.
Chegando ao cruzamento das estradas, você irá pegar a estrada mais a esquerda que conduz até o Santo Inácio.
Depois de subir 600 metros por esta estrada, vai surgir à direita uma entrada bem destacada para o Mirante do Platô. O desvio vale a pena.
A trilha sobe apenas uns 200 metros até um grande praça de terra com visual voltado para a Baía de Guanabara e região oceânica.
Rumo ao Santo Inácio
Voltando para a estrada não resta muito para se chegar na entrada da trilha do Santo Inácio: apenas caminhar por mais 200 metros pela estrada até encontrar a entrada, dessa vez do lado esquerdo.
A trilha logo no início faz uma grande curva para a direita e sobe por 700 metros em meio a mata atlântica até o momento em que surge um mirante à esquerda que será uma prévia do que veremos no topo.
Neste mirante podemos vislumbrar entre as árvores a Baía de Guanabara e o Rio de Janeiro ao fundo.
Logo depois desse mirante surge uma bifurcação onde devemos subir pela direita e logo chegamos ao maior desafio da subida: uma pequena escalaminhada que garante o acesso final ao cume.
Como que para compensar esse desafio, deste ponto já temos uma deslumbrante vista para a região oceânica de Niterói.
Antes de chegarmos ao cume tomamos mais uma bifurcação a direita e em pouco tempo depois de vencermos uma parte mais íngreme e escorregadia chegamos ao topo!
O platô do Santo Inácio é bem extenso e você precisará de um bom tempo para apreciar seus dois mirantes.
O mais conhecido é o voltado para o bairro de São Francisco, Baia de Guanabara e Rio de Janeiro.
A vista é uma verdadeira pintura com o Saco de São Francisco no primeiro plano e o melhor enquadramento do Rio de Janeiro com todas as suas montanhas ao fundo.
O outro mirante é mais voltado para os bairros internos de Niterói e a região oceânica.
Podemos ver daí a Serra da Tiririca e as famosas montanhas Pedras do Elefante e de Itacoatiara.
Neste mesmo dia em que fiz a trilha ainda tive fôlego para descer o morro e emendar com a trilha do Bosque dos Eucaliptos e a Travessia Tupinambá, numa travessia de seis horas de duração.
Mas o relato dessa aventura vai ficar para um próximo artigo.
