Vista do Morro da Cocanha

Morro da Cocanha, Taquara, Castelos da Taquara e Cova da Onça. (12 º dia) – Parte II

Lembrando que esta é a descrição da continuação da trilha do Bico do Papagaio.   Quem tiver interesse em começar a caminhada a partir deste ponto, deve seguir as instruções do post anterior e procurar o Largo do Bom Retiro, que é o ponto de partida da trilha do Morro da Cocanha.  É só seguir as placas direcionais até chegar à confluência das trilhas do Papagaio e do Cocanha.     A partir daí continue se orientando pela descrição abaixo.

 

 

Trilha do Morro da Cocanha

 

A trilha logo faz a curva para a esquerda, procurando subir a vertente da forma mais suave.  Depois ela se volta para a direita novamente, sempre contornando a vertente principal até sair num pequeno vale.

 

A trilha segue agora para a esquerda, atacando a vertente principal do Morro.

Subida do Morro da Cocanha

Ela fica mais íngreme e passa por uma grande pedra, que precisa ser galgada.  De cima desta pedra, já temos uma bela visão do interior do Parque.

 

Apenas alguns metros de subida separam o excursionista do cume do morro.  Aí há um agrupamento de pedras. É preciso caminhar até o final da primeira pedra e subir se apoiando em um tronco para atingir o seu topo e poder apreciar todo o Mirante que este morro proporciona.

Vista do Morro da Cocanha

Com 982 mts. de altitude, o Morro do Cocanha é o terceiro pico mais alto do Parque e o quarto da Transcarioca.  Deve ocupar no máximo a 6º posição entre os picos mais altos do Município.

 

Seu nome significa “grande quantidade de frutas“.  Essa era a principal atividade do sítio que pertencia a Elias José dos Santos, localizado em sua vertente Noroeste, e que foi desapropriada pelo governo em 1870, para o fim do reflorestamento.

 

Por ficar muito próximo do Bico do Papagaio, o Cocanha proporciona um visual muito semelhante ao primeiro pico.

Vista do Cocanha para a Serra da Carioca

As diferenças são sutis: o Papagaio tem uma visão mais abrangente da cidade, enquanto que o Morro da Cocanha tem, na minha opinião, uma visão melhor do interior do Parque.

Serra da Carioca a partir do Morro da Cocanha

Uma coisa é certa: os visitantes dão grande preferência ao Papagaio.

 

O platô do Cocanha é bem amplo, e temos que caminhar mais 100 metros até atingir o ponto culminante do Morro, onde está localizado outro mirante voltado para Jacarepaguá.

Vista de Jacarepaguá

 

A partir daí a gente começa a descer por um trecho bem punk: uma descida ladeira abaixo  por cerca de 500 metros de extensão, onde não é possível se empolgar.    Tem que descer com o pé no freio e as mãos nos troncos e galhos para não descer rolando pela ladeira escorregadia.

 

No meio da descida nos deparamos com um belo visual do Maciço da Gávea.

Maciço da Gávea

 

Quando a descida fica um pouco mais suave, passamos ao lado das ruínas do antigo sítio da Taquara, que dá o nome ao morro que será o nosso próximo destino.

 

Logo após as ruínas, chegamos ao Platô do Céu: um antigo entroncamento de estradas coloniais.

 

Passado o Platô, é preciso ficar muito atento à entrada à direita que logo vai aparecer, e sobe para o Morro da Taquara.

 

 

Morro da Taquara e Castelos da Taquara.

O Taquara é o último pico a ser visitado hoje, e o desvio, como veremos vale muito a pena!

 

Subimos 300 metros pela vertente Noroeste do Morro até chegar ao cume (814 mts.), onde um ramal, que parte à esquerda conduz até seu Mirante.

 

O mirante da Taquara é subdividido em dois.   No da esquerda, temos uma belíssima visão da Floresta, mais voltado para o Cocanha e o Pico da Tijuca.   À nossa frente se estende uma vasto tapete verde, onde a Pedra do Conde se destaca ao fundo.

Vista do Morro da Taquara

 

Raros são os excursionistas que visitam o Taquara, e nele sempre há reinando um clima de silêncio e serenidade, interrompido apenas pelo canto dos pássaros ao longe.   Nem mesmo o barulho da metrópole ao longe costuma chegar até aí.

Pedra do Conde a partir do Pico da Taquara

 

O outro mirante à direita é mais voltado para a Serra da Carioca, tendo o Corcovado ao fundo.

Serra da Carioca e Morro do Corcovado

 

Voltamos por este curto ramal e continuamos descendo pela trilha principal à esquerda, que nos conduzirá até os impressionantes Castelos da Taquara.

 

A trilha agora desce suavemente por 200 metros pela vertente do morro até atingir uma pedra, de onde é possível tem uma visão maravilhosa da Pedra da Gávea, do Itanhangá e da Barra da Tijuca.   Daí também é possível ver as pontas dos Castelos da Taquara.

 

Basta continuar descendo só mais um pouquinho até alcançar os imponentes Castelos, que são três grandes blocos de rocha que a natureza caprichosamente plantou ali.

 

Eu, que não tenho muita prática de escalada, subi apenas o mais baixinho e fácil de subir.   Boa parte do seu panorama é encoberto pelo Castelo maior, que além de mais alto fica bem na sua frente.

Os imponentes Castelos da Taquara

Mas mesmo assim dá pra vislumbrar boa parte de Jacarepaguá.

Para quem tem força no braço e coragem, é possível galgar o maior de todos os Castelos e apreciar de sua torre um visual bem abrangente da Zona Oeste.

 

 

Retorno Triunfal dos Castelos.

 

A conquista dos Castelos foi o triunfo maior de um dia repleto de grandes conquistas nas grandes  altitudes do Parque.  Foi um dia realmente intenso!

 

De quebra, no retorno à base dos Castelos, descobri quase que por acaso uma trilha que então desconhecia e desce pela crista da serra na direção dos morros do Cipó e Cocanha do Itanhangá.

 

Essa exploração está registrada no tracklog ao final do post, mas não recomendo que prossiga por aí, pois é uma trilha muito extensa, fechada e que quase não proporciona panoramas.

 

Percebendo que a trilha continuava descendo rumo à Jacarepaguá ou o Itanhangá, dei meia-volta e continuei com o meu objetivo de completar aquele trecho da Transcarioca.

 

Meses depois acabei retornando para explorar aquela trilha até o final e descobri que ela acaba saindo próxima ao bairro do Rio das Pedras.

 

Retornei então todo aquele ramal da Taquara, até voltar ao Caminho do Sertão.

 

Este caminho colonial, era importantíssimo no escoamento da produção dos sítios locais até a baixada de Jacarepaguá.

Descida do Morro da Taquara

Infelizmente boa parte deste caminho se encontra obstruído pela vegetação ou por grandes deslizamentos de terra, mas podemos ver boa parte do seu calçamento em pé-de-moleque preservado.

 

Desça por 300 metros em ziguezague pelo caminho do Sertão até encontrar uma bifurcação que sobe à esquerda.

 

É hora de deixar o caminho do sertão e subir por aí.   Esta trilha passa ao lado de umas pedras gigantes e vai curvando para a direita até sair em outra trilha.

 

Aí há uma placa da Transcarioca, indicando o caminho certo à direita.

Placa da Trilha Transcarioca

A trilha a partir de agora desce num gostoso zigue-zague de 500 metros de extensão até passar pela entrada da trilha da Dona Hérnia à esquerda.    Ela geralmente fica interditada, portanto ignore-a e continue a descida à sua frente.

 

O terreno fica repleto de pedras agora e em pouco tempo você chega num cruzamento crucial de nossa travessia.

 

Um monte de placas indicam a direção de vários pontos de interesse, menos a da saída para a Estrada da Paz que segue à direita.    É outra alternativa de saída da travessia para aqueles que estão a pé e cansados.

Placas de sinalização

 

 

Trilha da Cova da Onça

Quem deixou seu carro no Jardim dos Pintores ou ainda está com energia sobrando, deve escolher a alternativa à esquerda que segue em direção à Cova da Onça.

 

Este é o nome de uma pequena gruta localizada na parte inicial desta trilha, e que segundo relatos, era a toca onde vivia uma onça que amedrontava os moradores locais no século XIX.

Gruta da Cova da Onça

A trilha da Cova da Onça é um longo e belo caminho que segue mais ou menos plano por quase 2 km. de extensão.

 

Ela cruza o caminho de inúmeros rios e algumas trilhas transversais que devem ser ignoradas.  Uma delas, recentemente, foi destinada ao uso exclusivo de bicicletas.

 

A grande atração deste trecho é uma ponte pênsil construída no início dos anos 2000.   Localizada mais ou menos no meio do caminho, ela comporta a passagem de até 4 pessoas por vez.

Ponte da Cova da Onça

 

A longa trilha termina na confluência das Estradas Escragnole e do Bom Retiro.

 

Para finalizar este circuito o excursionista tem de atravessar a estrada, descer um pouquinho e entrar na outra trilha que continua como um prolongamento da Cova da Onça.

Circuito da Cova da Onça

Aí há uma placa indicando o sentido do Barracão.   Desça por um trecho curto de 100 metros até um cruzamento onde há outra série de placas.

 

Siga na direção do Recanto dos Pintores, que é atingido logo após a passagem pela ponte de Barcelos.

 

O Recanto dos Pintores é bela área de lazer, muito procurada pelos visitantes do Parque, repleto de brinquedos, lagos, área de piquenique e churrasqueiras.

 

Você pode finalizar a caminhada aí, mas para coincidir com o início do próximo trecho, ainda sái na estrada, atravessei para a entrada do Centro de Visitantes, continuei meu caminho pela trilha dos Estudantes e finalizei a gravação no Playground, ponto de partida da Trilha da Pedra do Conde, que será a maior atração do próximo dia da Transcarioca.

 

 

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